sexta-feira, 21 de outubro de 2011

PRECONCEITO RACIAL

Preconceito Racial

O preconceito racial é o que mais se abrange em todo o mundo, pois as pessoas julgam as demais por causa de sua cor, ou melhor, raça. Antigamente, era comum ver-se negros africanos acompanhados de belas louras nórdicas ou de outras partes da Europa. Não existia o menor preconceito entre esses casais nem em relação a eles. Para os brasileiros, porém, era algo inédito e escandaloso; faziam-se piadas insinuando que o sucesso dos negros se devia ao fato de que eram muito bem dotados anatomicamente para o sexo. Uma visão preconceituosa típica, que procurava desqualificar o negro e que escondia, às vezes, uma boa dose de inveja.

Os negros e asiáticos que iam estudar na Europa, no entanto, possuíam uma cultura igual ou superior a de qualquer estudante branco, uma vez que haviam frequentado boas escolas em seus países, indo finalmente aprimorar seus estudos na Europa ou nos Estados Unidos. Não havia nenhuma desigualdade que dificultasse uma estreita convivência entre eles.

No Brasil, pretende-se erradicar o preconceito racial ou racismo com leis. Só a educação poderá esclarecer a todos, sobretudo aos brancos, o que representou para a raça negra o que lhe foi imposto pelo tráfico escravista. A Igreja se julgava com o direito de catequizar aqueles que nada sabiam da religião católica. O Governo nada fez, depois da Abolição, para dar aos ex-escravos condições de estudar e conquistar um lugar na sociedade. O Brasil está muito longe de ser um país onde todos sejam iguais. O espaço e a visibilidade que o negro tem em nossa sociedade, não permitem que ele sirva de referência. Estudos realizados pelo IBGE mostram que no Brasil os brancos recebem salários superiores, cerca de 50%, aos recebidos pelos negros no desempenho das mesmas funções, e que o índice de desemprego desses também é maior. No campo da educação, o analfabetismo, a repetência, a evasão escolar são consideravelmente mais acentuados para os negros.

No Brasil, a porcentagem de quem se declara de cor Branca é maior, sendo eles 47,7 % e se destacando mais na região Sul de nosso país. Em seguida, vem a população de cor Parda, com 43,13 % e com maior parte na região Norte. Depois, em menoria, quem se declara de cor Preta é 7,61% da população, sofrem com o preconceito racial e estão em maior parte na região Sudeste do Brasil.

Com tudo isso, percebemos que o preconceito é um dos problemas mais graves em todo o mundo, e que as pessoas precisam se conhecerem melhor, independente de cor ou raça, sendo branco, preto, índio ou qualquer outro tipo, devemos respeitar e zelar pelo próximo.

 http://www.coladaweb.com/sociologia/preconceito-racial

segunda-feira, 17 de outubro de 2011



  IGUALDADE DE GÊNERO NA ESCOLA
Na sociedade evolutiva atual, é perceptível a assimetria nas relações entre homens e mulheres. Tais diferenças refletem no interior da escola. Nos últimos anos, o número de meninas frequentando a escola cresceu a ponto de representarem hoje a maioria dos (das) estudantes brasileiros nas séries finais de todo o sistema educacional brasileiro, 57%. Além disso, a permanência na escola é maior também entre as meninas, 6 anos em média, enquanto os meninos estudam em média por 5,6 anos. (Brasil/MEC, 2005). Os dados estatísticos comprovam a existência de desigualdade expressiva de permanência entre meninos e meninas no ceio da comunidade escolar.
A grande assimetria referida evoca que, é na sociedade que as características sexuais femininas e masculinas são construídas e representadas, portanto, ao chegarem à escola, meninas e meninos já percorreram um caminho social de convivência e incorporação dos valores de sua cultura. Sabem a que gênero pertencem e, na maioria das vezes, o que se espera deles nos papéis feminino e masculino. Em muitos casos, estão impregnados das velhas concepções preconceituosas sobre o homem e a mulher, construídas com base nas diferenças de sexo. Todavia, a escola perpetua no trajeto educacional os preconceitos e privilégios de um sexo sobre o outro colaborando para a construção da identidade sexual das meninas e dos meninos.
Moreno Marimón (2003) defende que a escola pode ensinar a pensar, a questionar, e com isso apontar para novas formas de interpretar o mundo e de organizá-lo. Assim na visão da autora, através da desvelação de atitudes sexistas presentes a princípio na própria escola, que a mesma pode tomar para si a tarefa de resistir e promover a transformação dessas concepções e comportamentos sociais permitindo a percepção e construção de novas maneiras de estabelecer a relação entre mulheres e homens, caso contrário se  ela estagnar-se é propício cair no tradicionalismo frente as relações entre os sexos.
A escola contribui na propagação de pensamento e atitudes sexistas, historicamente construídos por exemplo, quando eleva o androcentrismo que considera “o ser humano do sexo masculino como o centro do universo, como a medida de todas as coisas, como o único observador válido de tudo o que ocorre no nosso mundo, como o único capaz de ditar leis, de impor a justiça, de governar o mundo”, impedindo assim que a relação social homem-mulher se transforme de maneira significativa.
O caminho promissor para trazer para o interior da escola as reflexões e discussões sobre os papéis que a sociedade atribui a cada sexo para que discentes e docentes descubram as limitações a que estaremos sujeitos se nos submetermos aos estereótipos de gênero. É preciso intervir, explicitar, reconhecer as diferenças que mantêm a mulher num patamar social inferior ao masculino. É preciso que meninas e meninos percebam que sua conduta não tem nada a ver com capacidades inatas, nem naturais, mas foram construídas socialmente e reproduzem os modelos de conduta existentes.
Portanto, são nas escolas, lugar de formação e imposição de princípios sexistas que encontraremos um imenso campo de ação possível para promover reflexões, mudanças que possam romper com os paradigmas tradicionais de comportamento masculino e feminino. Um forte caminho é o todos da escola reflitam desconstruindo preconceitos de gênero contribuindo para a construção de novos modelos de relação debate, diálogo, pois assim a escola conduzirá que entre homens e mulheres no intuito de gerar a equidade.


 


domingo, 16 de outubro de 2011

 
Análise da Cobertura da Imprensa sobre Mulher e Trabalho

2011




Como os veículos noticiosos brasileiros abordam a presença da mulher no mercado de trabalho? A fim de identificar o comportamento da imprensa ao tratar desse segmento, que atualmente representa quase metade da população economicamente ativa no País, a ANDI – Comunicação e Direitos e o Instituto Patrícia Galvão realizaram estudo pioneiro na área.
A pesquisa, que integra projeto vinculado ao Observatório Brasil de Igualdade de Gênero (Eixo Comunicação e Mídia), da Secretaria de Políticas para as Mulheres, visa contribuir para o entendimento de como as questões relacionadas às mulheres e à igualdade de gênero vêm sendo apresentadas pelos meios de comunicação no Brasil. 
Para isso, foi analisada a produção editorial de 16 veículos impressos – incluindo todos os diários cuja circulação se dá em âmbito nacional e também veículos de cada uma das cinco regiões brasileiras – ao longo de 2010. Os dados revelam que a imprensa costuma tratar o tema a partir da abordagem de trajetórias profissionais individuais, deixando em segundo plano a discussão mais ampla e contextualizada das questões do mundo do trabalho, ou seja, a abordagem de políticas públicas e de marcos legais, e mesmo dos desafios que ainda se fazem presentes na área – tais como a dupla jornada feminina e a desigualdade de salários entre homens e mulheres. 
Mulheres de destaque em seus ramos de atuação ou cujas trajetórias estão ligadas ao gênero — ou seja, o fato de ser mulher criou obstáculos a serem vencidos ou, ao contrário, abriu oportunidades de ocupação – constituem o principal aspecto abordado pelos jornalistas ao cobrirem o tema Mulher e Trabalho em 2010.
Segundo levantamento coordenado pela ANDI, 28,54% dos textos destacam trajetórias profissionais, tanto de trabalhadoras em geral quanto de personalidades da área cultural ou esportiva, por exemplo. 
As questões vinculadas ao mercado de trabalho – tais como emprego/desemprego, diferenças salariais, dificuldade de acesso – foram foco de atenção em 24,94% dos textos. 
A presença da discussão referente à tipificação das tarefas femininas e masculinas foi, destacada em 10,86% do noticiário sobre o tema – o que revela uma certa preocupação da imprensa em discutir as atividades consideradas do universo feminino ou masculino, em contraponto a ideia, por vezes naturalizada, de que cabem às mulheres trabalhos relacionados ao papel de “cuidadoras” (como empregadas domésticas ou secretárias), enquanto os homens devem se dedicar a atividades de liderança.