Quem
foi que disse que trabalho doméstico é coisa de mulher? Quem ditou essa regra? Ou
será que essa afirmação não seria uma conveniência?
Em seu
texto “A divisão sexual do trabalho e da educação: uma abordagem a partir das
relações de gênero”, Vivian Matias dos
Santos Albuquerque, afirma que há uma divisão sexual dos espaços regulada por uma
hierarquia, no mercado de trabalho e na educação.
Estudos
comprovam que há cursos que são privilégios femininos e outros que são, em
maioria, dos homens.
Segundo
Catherine Marry, a formação profissional das mulheres em cursos superiores ocorre
como preparação para as funções de mãe/esposa, o que resultou num problema de reconhecimento
social e salarial, sendo por isso o Serviço Social, Pedagogia, Enfermagem,
dentre outras, vistas como profissões tipicamente femininas. Por isso, tais
profissionais não possuem igual status perante os que se encontram nas
profissões masculinizadas, sendo assim desvalorizadas socialmente.
A autora
afirma que há uma interpenetração das esferas pública e privada na construção
social e histórica da divisão sexual do trabalho e que na sociologia o conceito
de trabalho precisa ser questionado, pois para esta disciplina somente é
considerado trabalho, aquele que se localiza na esfera produtiva da sociedade, que
é assalariado. Já o trabalho doméstico não o é.
Para
a autora, é necessária uma ampliação do conceito sociológico de trabalho, que
inclua trabalho assalariado e doméstico, sob pena de desconsiderar a
importância histórica e social das atividades exercidas pelas mulheres.
É importante
lembrar que essa visão é a existente em nossa sociedade, mas que existem ou
existiram outras, em que o papel da mulher e do homem eram bem diferentes.
Enfim,
se o trabalho doméstico, é realizado em casa, no âmbito privado, porque é
ditado por um estigma social, da vida pública?
Fontes
de pesquisa: http://www.urutagua.uem.br/013/13albuquerque.html
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