terça-feira, 20 de setembro de 2011

Gênero na escola

Todo mundo que convive com crianças e jovens sabe como eles são capazes de praticar pequenas e grandes prevenções. Debocham um dos outros, criam apelidos mais estranhos, reparam nas mínimas “imperfeições” – e não perdoam nada. Na escola, isso é bastante comum. Implicância, discriminação e agressões verbais e físicas são muito mais freqüentes que o desejado. Esse comportamento não é novo mais a maneira como pesquisadores, médicos e professores o encaram vem mudando.
Nos últimos anos, verifica-se o aumento de ações e debates em torno de políticas educacionais direcionadas à superação das desigualdades étnico-raciais e de enfrentamento do preconceito em relação à população negra. Se por um lado, podemos listar recentes avanços de caráter formal, como a Lei n. 10.639, que obriga o ensino da cultura/história da África nas escolas, e as políticas de ações afirmativas nas universidades; por outro, evidencia-se a necessidade de irmos além nas pesquisas e nas vivências em sala de aula para conseguirmos sair das armadilhas do nosso dissimulado racismo e repensar as formas cotidianas de representação, a sobreposição de componentes identitários como gênero e classe social, e os conseqüentes processos de diferenciação dos(as) estudantes negros(as).

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